Dando sequência aos posts relacionados à moda do século XIX, chega a vez do Romantismo. Alguns historiadores e pesquisadores não consideraram esta fase um movimento ou escola artística por se tratar de um período curto na história.
ROMANTISMO: O Dandismo
Aproximadamente esse período ocorreu no ano de 1820 a 1840. Paris e Londres eram as grandes capitais, enquanto uma se preocupava com a vida citadina, a outra valorizava a vida no campo.
Imagem: Livro: DADA Almanach – Editora Taschen, 2004.
O movimento do Romantismo dividiu uma época envolvida com duas realidades: o período Neoclássico e o Realismo. Momentos que deram forças ao crescente capitalismo e a evolução industrializada, fazendo a natureza humana buscar nos sentimentos e desejos algo além do real, um imaginário particular repleto de saudações nacionais, paixões e emoções da fragilidade.
O romantismo defendeu a liberação das emoções do homem em detrimento de todo o racionalismo iluminista que buscava a verdade através somente do intelecto.
Foi um período de transição entre as épocas e os anos sem grandes definições na roupa feminina, que estava se tornando mais cônica, escondendo a silhueta do corpo. As mangas estavam mais justas e compridas e os decotes subiram.
A grande inovação estava na moda masculina no estilo dandy. Foi o dandismo da Inglaterra em contra proposta ao estilo feminino francês. Distinguia-se pela sobriedade e requinte, dando inicio a cartola que simbolizava poder econômico.
George Bryan Brummel (1778-1840), chamado de “o belo Brummel”, introduziu o estilo dandy na época – uma maneira de ser, um modo de vida. Calça comprida, casaco, gravata plastron e cartola compunham o estilo. Brummel se vestia com requinte e classe e ditou a moda inglesa da época.
George Bryan Brummel
A moda feminina foi buscar referências no passado com a volta dos opulentos vestidos e seus corpetes modelando a cintura e o busto, e em 1835 surge a manga gigot – manga presunto, os ombros caídos ficam em evidência. O retorno da cintura marcada e a gola berta deram o aspecto romântico feminino.
Por Roberto Rubbo
Professor de Moda do Senac FAU