“Indústria 4.0” tem sido tema de palestras, seminários e muita discussão no meio industrial. Isso porque ela promete mudanças drásticas no modelo de negócio e na linha produtiva de diversos tipos de indústria – inclusive as têxteis e as de confecção.
Em resumo: o conceito de Indústria 4.0 é que as máquinas presentes em uma indústria possam se utilizar de dados e de inteligência artificial para se autorregularem e tomarem decisões que irão aumentar a produtividade das fábricas, sem a necessidade do componente humano. Com isso, os processos de produção tendem a se tornar mais autônomos, customizáveis e eficientes.
Essa proposta começa a ganhar força quando tecnologias de automação e de troca de dados se tornaram realidades e cada vez com sistemas mais avançados. É o caso da Internet das Coisas (IoT), machine learning, informação em nuvem, sistemas ciber-físicos e big data, entre outros.
Os impactos na indústria da confecção
De acordo com especialistas no setor, a indústria da confecção é uma das que mais pode ter sua produção afetada pelo paradigma de uma Indústria 4.0. A pouca automatização presente nas fábricas deste setor no país (apenas 29% delas) torna o cenário desafiador.
No entanto, os ganhos possíveis com a implementação de uma Indústria 4.0 são enormes. Estamos falando de processos mais customizáveis, menos custosos, mais produtivos e com mais segurança sendo produzidos em escalas inimagináveis.
Como disse Renato Jardim, superintendente de Políticas Industriais, Econômicas e Comércio Exterior da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), é permitir que o consumidor esteja ainda mais no centro da produção e, consequentemente, produzir um bem com valor agregado superior.
No e-book “Indústria 4.0 na confecção”, produzido pela equipe Audaces, destrinchamos esse conceito, mostramos suas características e pilares e como ele pode alterar a maneira como as manufaturas são produzidas no Brasil e no mundo.